dezembro 24, 2006
outubro 18, 2006
outubro 08, 2006
Beijo
***do meu proprio fabricamento***
-x---x---x-
Quando não estás perto
e bate a saudade
lembra-me o teu falar
melodia doce e suave
que semeia palavras de encantar
Movimentam-se-te os lábios
numa prece calada
que me regozijo a escutar
um canto uma balada
a voz do vento e do mar
Para sempre vou guardar
aquele gosto que ficou
objecto do desejo
o som do falar
o sabor do beijo
setembro 26, 2006
De volta
Olá velhos amigos. De volta para nova viagem depois de umas
merecidas ( e sempre curtas) férias. Lamentávelmente por
imperativos profissionais não vou poder comparecer no
habitual jantar da comunidade blogueira que se realiza por
altura do equinócio do verão. Tenho muita pena mas não há
volta a dar, e preocupar para quê se no fim de tudo haverá
tantos amigos para cumprimentar. Dizem os chineses.
Certamente para a próxima terei oportunidade de distribuir
umas boas bacalhauzadas. Entretanto, até lá. Fiquem bem,
e sem preocupações.
agosto 31, 2006
julho 29, 2006
Falta uma Estrela
Sinto a falta de uma estrela
no meu pedacinho de céu
ninguém brilha como ela
em noites de luz e cor
deixa um rasto de véu
avistado da minha janela
roseira brava em flor
Há nuvens escuras na primavera
desmaiam as flores dantes coloridas
na noite o silencio impera
de janela aberta conto as estrelas
fascinantes alegres e belas
feras indomáveis e aguerridas
todas brilham mas falta aquela
estrela maior nunca esquecida
julho 03, 2006
Figo
Corria alta a noite e os dois maduros seguiam por uma estrada
manhosa,numa viagem atribulada, com origem em motivos
perfeitamente confessáveis, quando se procedeu a uma brusca
mudança na estrutura da via, que se transformou em caminho, cheio
de curvas enroladas e muita areia, não demaisiada porque íamos
de jipe. Havia chaparros de um lado e do outro, conferindo á noite
um tom lúgubre, reforçado pela queda de um muito ligeiro garruaço,
daquele que se diz molha parvos quando eu estou recolhido. É então
que se nos depara, á luz ténue dos faróis, um vulto pequenino e
arredondado, tipo bolinha, com outra bolinha mais pequena em cima,
e dentro desta outras duas bolinhas ainda mais pequeninas e brilhantes.
Primeira reacção:_ Éh pá...que pardal será aquele? De pronto, marcha
á ré, incidência luminosa, um pequeno vôo, com a respectiva
corridinha perseguidora, e anda cá que és meu. Recolhido e acariciado
recebeu logo ali o baptismo que se impunha: Figo.
Verificou-se tratar-se de uma cria, provávelmente expulsa do ninho
pelo irmão mais forte, algo debilitada, e, soube-se depois, que não
sabia alimentar-se.
Viagem continuada, com paragem obrigatória na avenida, para sorver
umas caipirinhas, e o bichano de sentinela a tomar conta do transporte.
Consta-se que já tem o seu cantinho, recebe tratamento personalizado,
como só o Alex é capaz, com alimentação forçada e até tem direito a
banhito semanal, sendo o programa complementado com treinos de
vôo livre.
Está lindo como só visto, e até dói, mas é certo que será devolvido
á procedência logo que para isso esteja preparado.